segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Essa coisa da linha do tempo - parte II

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Então que a gente parou em agosto de 2013, lá quando eu comecei a contar aqui a minha história sobre como emagreci 11,5 quilos (porque tudo começou porque eu quis emagrecer) e foi bem nessa época que me apaixonei por correr, coisa que, sinceramente não tem como explicar... essa paixão por correr só quem sente entende e não sabe explicar... mas daí, continuando na linha do tempo vai dar pra entender que correr não é algo tão simples assim... pelo menos não pra mim...

- Início de agosto de 2013 - Curti correr por aí e pedi orientação pra minha amiga corredora, Daniela Mendes, sobre como começar a praticar esse esporte, de cara a Dani, que além de corredora é enfermeira, me aconselhou a não fazer nada antes de procurar um médico pra fazer uma avaliação física e saber se eu poderia correr... foi aí que a novela começou... (e que bom que a Dani me mandou correr pro médico)...

- Meados de agosto de 2013 - Passei pelo primeiro cardiologista e este, no exame clínico, percebeu que meu coração fazia uns "estremeliques"... dava umas "tremidinhas"... enfim... não sei explicar porque ele usou exatamente a palavra "estremelique"... "você sente seu coração dar uns estremeliques, de vez em quando?" ... e "Não, doutor!" foi a minha resposta à ele... daí ele me pediu um holter, que tive que refazer porque o primeiro não gravou as informações direito, e o resultado foi  esse:

- Início de setembro de 2013 - O holter:


Não entendo nada de leitura de holter, mas sei que deu uma alteração... e sei que em 24 horas eu tive 1617 extrassístoles e apesar de eu não sentir nada (nunca senti nada), claro que isso não é uma coisa boa... contudo, palpitações e arritmias podem acontecer por várias razões (inclusive por nada)... as causas medicamentosas são as mais comuns e nem sempre extrassístoles indicam cardiopatia.. mas o primeiro cardiologista que me atendeu não quis saber da minha história antes de ler o holter... leu e me colocou na lista dos cardiopatas... afirmou com toda certeza que eu não poderia correr nunca porque haveria risco de morte súbita (um absurdo essa afirmação), disse que eu teria que tomar um betabloqueador pro resto da vida (aqueles remédios cujos nomes terminam com "olol")... disse mais um monte de asneiras... enfim... eu quis uma segunda opinião e esse mesmo cardiologista me encaminhou pra outro...

- Meados de setembro de 2013 - Eu tomei um susto enorme com todas as afirmações do primeiro cardiologista que me atendeu... foi muita coisa ruim numa consulta só: "não pode correr, vai ser dependente de betabloqueador, etc.. etc"... Do dia 13 de setembro, quando peguei o resultado do holter, até o dia 23 de setembro, quando me consultei com o segundo cardiologista, eu passei dias de cão... achei que poderia morrer a qualquer hora (todo mundo pode morrer a qualquer hora, mas qndo vc percebe esse risco como "real", a coisa é diferente), fiquei magoada pela possibilidade de nunca poder correr (e continuei correndo)...  enfim... não foram dias fáceis... eu chorava quase toda hora... ia pro banheiro chorar sozinha... estaria um pouco longe ainda o dia em que eu me sentiria melhor... mas tudo de bom começou a acontecer, quando eu conheci o Dr. Denilton Guedes... o segundo cardiologista por quem passei (e aí não houve terceiro, porque ele é maravilhoso)... mas como o post ficou maior do que eu planejava, vou deixar pra uma terceira parte pra vcs não me chamarem de "faladeira", rs

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